domingo, 30 de janeiro de 2011

"SAECULA SAECULORUM"


Banda de vida efêmera e de sonoridade instigante, O Saecula Saeculorum durou pouco mais de 3 anos (74-77) e conseguiu gravar apenas uma fita demo, que virou CD em 96. Liderada pelo violinista, vocalista e tecladista Marcus Vianna (que mais tarde viria a formar o bem sucedido Sagrado Coração da Terra), esta banda mineira soube misturar (e bem) musica clássica, com excelentes arranjos de piano e violino, com o bom e velho rock, bem dentro do progressivo vigente na época. O disco tem cerca de 30 mins. e várias restrições técnicas, visíveis na má equalização de alguns instrumentos. Mas na verdade isso acaba não fazendo muita diferença, dada a tamanha beleza de certas composições. A faixa título é maravilhosa, com lindo piano de Giacomo Lombardi e belo trabalho de violino e guitarra. Um vocal barroco no meio da faixa mostra o potencial desperdiçado pela industria fonogárfica ao não lançar um disco decente na época. “Acqua Vitae” é uma poderosa música, com maravilhoso piano, de alto nivel para o progressivo nacional em meados de 70. A valorização do cello e do violino de Marcus Vianna deixam o som do Saecula bem pessoal em relação à outras bandas. “Eu quero ver o sol” é um progressivo intenso, com letra viajandona é boa guitarra. Pra variar, os teclados são maravilhosos (simples e perfeitos). “Constelação de Aquarius” é um instrumental com vocalizações e um duelo violino X piano, seguido de um andamento forte bem dirigido pelo baixo e bateria. Grande faixa. O disco fecha com “Rádio no peito”, um pouco mais convencional que as outras, mas bem elaborada, encerra bem a sequência de clássicos. Dada a dificuldade para recuperar estas músicas e relança-las, o album é mais que sensacional, uma pena realmente não termos oportunidade de apreciar um trabalho mais completo e melhor produzido deste cometa que cruzou os céus das Minas Gerais no final dos anos 70.


Crítica por Rodrigo Guabiraba


Saecula Saeculorum>
Giacomo Lombardi / piano
Jose Audisio / guitars
Bob Walter / drums
Edson Pla Viegas / bass
Marcus Viana / violins
Juninho / bass

domingo, 2 de janeiro de 2011

"OS FAMKS"


Os Famks foi uma banda brasileira dos anos 70, que deu origem ao Roupa Nova.
A banda era muito requisitada para animar bailes.
Além dos bailes, a qualidade vocal do conjunto foi aproveitada
para gravações de inúmeras vinhetas.

Formação

O grupo 'Os Famks' foi fundado pela família Cataldo em 1967.
Na época era formado por Alceu Cataldo (guitarra e crooner), Newson Cataldo (guitarra contra-solo), Francisco Cataldo (guitarra solo), Marcelo (bateria e percursão), Marquinhos (teclado) e Túlio (contrabaixo).
Na época o grupo já se destacava por seu vocal diferenciado e pelo estilo Rock Pesado e lançava músicas importadas em seus bailes e shows.
As músicas, na maioria, eram inéditas no Brasil pois eram trazidas pelo famoso disk jockey da época Big Boy da rádio Mundial. Em 1970, Nando substituiu o Túlio no contrabaixo. Em 1971, Cleberson Horsth foi convidado para tocar órgão,
substituindo o Marquinhos. Com essa formação os Famks gravaram um compacto com músicas de Zé Rodrix, sendo uma delas 'A Lenda da Porca'. Alguns componentes foram deixando o grupo a partir de 1971 e, em 1975 a formação contava com o Nando, Cleberson e a eles se juntaram os ex-integrantes da banda Los Panchos:
Kiko na guitarra, Ricardo Feghali nos teclados e Paulinho na percussão; e o baterista Serginho, completando a formação que serviria de base para, em 1980,
o grupo mudar de nome para o atual Roupa Nova.

Roupa Nova

Em 1980, os integrantes dos Famks foram convidados por Mariozinho Rocha para gravarem uma vinheta de fim de ano para uma rádio.
A partir desse encontro, Mariozinho, que era produtor musical,
resolveu produzir o grupo sob o nome de Roupa Nova.

Discografia

1974 - Triste Canção/Querida/Sylvia/Eu e Você (compacto duplo)
1975 - Famks
1978 - Famks
1979 - Não Deixe Terminar (compacto simples)